Estudo aponta as principais frentes tecnológicas que devem impactar o universo corporativo nos próximos dois anos

29 Março 2016 | 10h 01

O avanço da tecnologia impacta modelos de negócios e a natureza da demanda no mundo todo – levando mercados inteiros a se transformarem, às vezes, em uma velocidade difícil de acompanhar. Neste cenário, o papel do CIO (Chief Information Officer) ganha ainda mais relevância.

Frente a esse movimento vertiginoso, é do CIO a responsabilidade de identificar as tendências e definir estratégias para elas antes que se tornem realidades – e seja tarde demais para alcançá-las. “Os CIOs precisam liderar esses projetos. É preciso encontrar novas abordagens para criar valor real para o negócio, sempre avançando a partir das realidades de hoje”, diz Claudio Soutto, sócio da área de Consultoria em Tecnologia da Deloitte.

Muitas dessas tendências, aliás, devem se concretizar já a partir de 2016. É o que mostra o estudo “Tech Trends 2016 – Innovating in the Digital Era”, sétima edição de uma série especial elaborada pela Deloitte. A publicação traz as principais frentes tecnológicas que devem impactar os negócios nos próximos dois anos.

Impactos nas transações on-line
A confiança vem se tornando um termo definitivo, também, na evolução dos negócios que ocorrem on-line. Há, inclusive, um novo conceito nesse contexto: o de blockchain, termo em inglês que define a democratização da confiança na rede.

As transações digitais caminham para se tornar o padrão da economia global. Muitas delas, porém, dependem de instituições tradicionais e são geridas e certificadas de forma ineficiente, aponta o conteúdo do estudo. O blockchain permite a distribuição da contabilidade e a elaboração de contratos inteligentes, possibilitando às organizações redefinir a forma como o valor é trocado entre as partes – estimulando novas abordagens relacionadas a gestão de ativos, fidelidade dos clientes, prontuários médicos eletrônicos, pagamentos internacionais e muitos outros cenários.

Outras tendências
O estudo aponta, ainda, novos horizontes para a realidade virtual e a realidade aumentada. Uma vez que o futuro das soluções móveis depende cada vez mais dos wearables (dispositivos que podem ser vestidos), tanto realidade virtual quanto aumentada – atreladas a esses dispositivos – têm potencial para reformular processos de negócio e a experiência dos clientes. A evolução da interação, que antes se resumia a apontar, clicar e digitar, hoje abrange novos comandos, como tocar, deslizar e falar. Com a interação intuitiva, o gesto, o humor e o olhar passam a ter um espaço importante.

No caso da Internet das Coisas, deve haver uma mudança de perspectiva. Seu valor não será mais mensurado de acordo com a quantidade de sensores instalados ou o número de novos dispositivos conectados – mas no potencial disruptivo de reinventar processos e reescrever negócios, governo e sociedade. As organizações mais evoluídas já controlam esse potencial por abordagens inovadoras.
O estudo aponta ainda, além desses três tópicos, o impacto social das tecnologias exponenciais, o risco cibernético, a reinvenção do core dos sistemas, as plataformas autônomas e a importância de empregar a TI na velocidade certa.

As empresas brasileiras, em diferentes estágios de maturidade, podem observar com atenção essas novas realidades para analisar se as ações que adotam estão alinhadas com tendências globais e, se preciso, redefinir suas prioridades. “Definir, avaliar e mensurar os benefícios obtidos por meio de novas tecnologias ainda é um grande desafio”, avalia Claudio Soutto.

FONTE: http://patrocinado.estadao.com.br/deloitte/artigos/novas-tecnologias-exigem-integracao-a-estrategia-de-negocios,1848841

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